quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bahia fala em energia solar a R$150 por MWh



A secretaria de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia está em contato com diversos empreendedores do setor elétrico interessados em se instalar no Estado. Após assinar um memorando de intenções com a GE, que produzirá turbinas eólicas na região, o secretário James Correia revela que investidores da geração solar também estão sondando fortemente a região. Segundo ele, o interesse é tanto que o governo irá se empenhar em convencer o Ministério de Minas e Energia a abrir os próximos leilões para a participação da fonte.
"Achamos que alguns projetos já podem ser competitivos na casa dos R$150 por MWh. Então, por que não deixar participar, qual é a restrição? Defendo essa liberação o mais rápido possível", explica Correia. Segundo ele, esse número, muito mais baixo que os valores que têm sido apontados no mercado para a energia solar, não é uma estimativa do governo, mas de gente da área. "Tem empreendedor nos procurando e dizendo que está com projetos nesse preço.Até em função da conjuntura. Você tem um mercado com dificuldades na Europa, nos Estados Unidos, e quem tem linha de produção montada está disposto a produzir por preço menor".
O secretário lembra o caso da energia eólica, que enfrentava resistência e, após começar a aparecer em leilões, teve o preço em queda livre, chegando a patamares abaixo dos R$100 por MWh. No primeiro certame envolvendo a fonte, agentes falavam que não seria possível viabilizar usinas abaixo de R$180 por MWh. "O governo tem que abrir. Não cabe julgar se (as usinas) vão ter preço (baixo) ou não. O leilão é para isso", argumenta Correia.
Para o representante do governo baiano, a viabilização dos primeiros projetos é importante para atrair os fabricantes para o País, uma vez que, por enquanto, o interesse em se instalar no Estado tem sido mais de usinas do que de fornecedores. "Tem que ter mercado. A própria energia eólica só foi desenvolver fábricas quando começaram os leilões, três anos atrás. Com a solar a mesma coisa. Você não vai conseguir atrair fábrica para cá sem ter uma política de contratação. Só um louco viria", brinca o secretário.
Fonte: Jornal da Enenergia.
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